JESUS CRISTO TE AMA E NÓS TAMBÉM!

sábado, 16 de julho de 2011

Solidão


“Alguma vez vocês já tentaram imaginar o que vocês são fora de todos os seus relacionamentos? Alguma vez vocês já se livraram das vestimentas desses relacionamentos e viram a si mesmos sem elas?
Distanciem vocês mesmos de todos esses relacionamentos e... o que sobra é o seu verdadeiro ser. Aquela entidade remanescente é o que você é em si mesmo...”(OSHO). 


Esse foi um desafio da minha vida quando resolvi me livrar de uma realidade que estava arrasando a minha alma de mulher e de mãe. Abandonei o meu mundo que estava sendo mais um pesadelo e parti para um mundo desconhecido e distante, queria mesmo experimentar a solidão e experimentar a minha resistência nos mais variados sentidos que compõem a vida humana.

Foi muito gratificante me dar a oportunidade de olhar para a fernte, olhar para trás, olhar para os lados e saber que só teria o almoço no meio do dia, só teria uma cama para dormir, se agisse por mim mesma, pois, ainda estando cercada por uma multidão estaria sozinha, afinal, não havia nenhuma daquelas pessoas, com quem estivesse me encontrando pela segunda vez.

O propósito disso foi avaliar as minhas habilidades e competências, e por coincidência este foi um dos cursos que realizei na cidade de Curutiba: Habilidades e competências.

Em nenhum momento busquei companhia, aproveitei todos os instantes para observar as minhas emoções e perceber o quanto elas eram contaminadas pelo comportamento das pessoas que se encontravam derredor de mim, e consegui viver por mim mesma.

Algumas coisas que descobri sobre mim, eu gostei e outras não. O melhor foi conhecer a minha verdadeira essência, experimentei me despreender de todos os papéis que exercia no meu mundo, só não consegui me despreender do papel de ser mãe e filha, o que me fez ver que só o amor é sustentável e a importância que tem fazermos as coisas com amor para que elas ocupem um espaço especial em nossas vidas.

Posso confessar para meus leitores que me livrei de todos os demais papéis, e não foi por um tempo curto, mas, por exatamente um ano, deixando que os meus insights se manifestassem sem interrupções, percebendo então todas as minhas reais necessidades para ser de fato uma pessoa feliz.     

A solidão tem uma capacidade de nutrir as nossas mentes, de maneira inquestionável, quando a trabalhamos com consciência. Ela oportuniza esvaziar a nossa mente, excluindo todas as solicitações, cobranças, auto-exigências e os bombardeios das múltiplas informações, que fazem a nossa vida sufocante e tiram de nós a capacidade de parar, respirar e pensar sobre a nossa situação de vida e o que devemos fazer para melhorar o que de errado há nela.

Precisamos de muita coragem e firmeza para essa decisão de fortalecer a nossa consciência, sei que não é para qualquer um, todavia, nos submetemos ao risco de nos deixarmos ser levados pelo redemoinho dos desacertos e perdermos o controle da situação, ao invés, de nos encontrarmos com o nosso próprio EU e a realidade verdadeira que buscamos.
 
O que não podemos esquecer nesse momento decisório é do nosso elo com a dimensão divina e o fazer tempero da nossa expressão e ação, mesmo que seja com liberdade religiosa, tão somente, pela consciência do nosso ser natural, sem as máscaras fantasmagóricas e fantasiosas que colecionamos pela vida. 

Sabemos que algumas delas são impostas pela sociedade, que pela ignorância das agruras da nossa vida, desconhece e nos faz desconhecer e/ou nos tornarmos cegos para as nossas necessidades, implantando permanentemente em nós a infelicidade.

Quando nos permitimos uma reflexão clara de tudo que vivemos e trituramos a estrutura dos problemas de nossas vidas, analisando-os minuciosamente, em um largo e calmo espaço, como uma praia sem altas ondas, uma praça verdejante recoberta por pássaros voantes que observam seus reflexos nas águas das fontes, como fazia na praça Santos Andrade, no centro da cidade de Curitiba, onde passava quase todos as minhas tardes de sábado. Como pude parar para pensar, sentada nos bancos da Praça Marechal Floriano Peixoto, no centro do Rio de Janeiro, a observar a beleza arquitetônica do Teatro Municipal, do Museu de Artes Modernas, da Biblioteca Nacional e outras belezas históricas. A nossa vida se torna calma e quieta como a natureza.

...eu gostaria que vocês compreendessem através dessa leitura, a importância de conhecer a nós mesmos, despertando a necessidade de viver o “agora”, o “passado” e o “futuro” inexiste.

...seja o mais natural possível, não há necessidade de se preparar para a vida, precisa-se apenas viver com as condições que o acerca. Permita-se mover-se pela originalidade.

...viva para você. Medite e conseguirá enxergar que o mundo não faz parte da sua vida, apenas tem pessoas e coisas que estão ligadas às suas necessidades e o resto ligadas à vida dos outros, razão de nem todos conhecerem o que lhe serve e o que precisa ser descartado por você, para sua felicidade.

A vida é fácil e linda, desde que nos permitamos senti-la verdadeiramente com o Amor de Deus!

Antes dê-se a oportunidade de conhecer a sua essência através da dura SOLIDÂO!


Rita Bizerra

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